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NOTÍCIAS
Guilherme Boulos (PSOL) investiu 72% de sua agenda na periferia. Depois Tabata Amaral (PSB), com 41%, Ricardo Nunes (MDB) tem 29%, Datena (PSDB) coloca 18% das suas atividades nas periferias e Pablo Marçal (PRTB) prioriza o local com 7% dos compromissos.
Em um mês de campanha, iniciada em 16 de agosto, todos os cinco candidatos à Prefeitura de São Paulo mais bem colocados nas pesquisas eleitorais fizeram agendas na periferia da cidade.
No entanto, o volume de agendas variou bastante. De acordo com levantamento da GloboNews feito com as agendas dos candidatos de 16 de agosto a 16 de setembro de 2024, o candidato do PSOL, Guilherme Boulos, foi o único que dedicou mais da metade da sua agenda de campanha a bairros periféricos.
Guilherme Boulos (PSOL): 72%
Tabata Amaral (PSB): 41%
Ricardo Nunes (MDB): 29%
José Luiz Datena (PSDB): 18%
Pablo Marçal (PRTB): 7%
Para especialista é importante que as campanhas façam agendas na periferia pela dimensão da população.
“A maioria da população brasileira mora em cidades e a maioria da população das cidades mora em condições periféricas, então morar em periferia urbana é a condição mais comum do Brasil, do país, em termos demográficos”, diz Tiaraju Pablo D’Andrea, professor da Unifesp e da USP e coordenador do Centro de Estudos Periféricos.
“Periferia são bairros das grandes metrópoles que se encontram distantes do Centro e que têm precariedades. […] A cidade de São Paulo tem um vasto território que é um território periférico que abarca um anel ao redor dos subúrbios e ao redor do Centro de São Paulo, que abarca aproximadamente 55% da população da cidade.”, diz o professor.
Para Tiaraju, a candidatura de Boulos está mais presente nas periferias porque historicamente o PT, partido que compõem a aliança do candidato, sempre esteve nessas regiões. O candidato também não tem figurado como o principal candidato entre os pobres.
“Eu acho que a candidatura do Guilherme Boulos está mais presente nas periferias porque as periferias sempre foram os locais onde o PT teve mais votação. Quanto mais longe do centro, mais votos o PT tem, historicamente foi assim.”
O professor comenta ainda a presença de Ricardo Nunes (MDB) nas periferias com medidas emergenciais, no último ano de mandato, que impactaram entre as camadas que ganham menos e dependem de políticas públicas sociais, como o Bolsa Família:
“E acho também que é importante salientar que, de todas as pessoas que moram nas periferias, dos vários níveis de renda, tem um nível de renda que é de 0 a 2 salários mínimos, que essa população sempre foi muito pragmática no voto, ela vota em quem ajuda mais. Então, nas últimas eleições, votaram no Lula, mas na eleição atual, esse voto está tendendo para o Ricardo Nunes. O Boulos sabe que ele precisa desse voto de 0 a 2 salários mínimos, então ele percorre muito essas regiões para ver se ele consegue também reverter esse voto de uma população mais empobrecida, inclusive que se beneficia do Bolsa Família.”, diz o pesquisador.
Subúrbio
Tiaraju destaca que os limites entre o subúrbio e as periferias são as regiões que mais existem mudança de voto, de ano para ano: quando a sociedade está mais à direita, esses territórios votam mais à direita. Quando a sociedade está mais à esquerda, esses territórios estão mais à esquerda.
“Os territórios suburbanos, mais perto do Centro eles têm uma tendência de voto mais conservador, como por exemplo bairros como a Mooca, que é o bairro de São Paulo que o Bolsonaro teve mais votos, ou bairros como Santo Amaro, Vila Maria, porque ali você tem uma presença maior de uma população mais velha de uma população mais conservadora e que tem uma tendência de voto à direita”, diz Tiaraju.
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Guilherme Boulos (PSOL) investiu 72% de sua agenda na periferia. Depois Tabata Amaral (PSB), com 41%, Ricardo Nunes (MDB) tem 29%, Datena (PSDB) coloca 18% das suas atividades nas periferias e Pablo Marçal (PRTB) prioriza o local com 7% dos compromissos.
Em um mês de campanha, iniciada em 16 de agosto, todos os cinco candidatos à Prefeitura de São Paulo mais bem colocados nas pesquisas eleitorais fizeram agendas na periferia da cidade.
No entanto, o volume de agendas variou bastante. De acordo com levantamento da GloboNews feito com as agendas dos candidatos de 16 de agosto a 16 de setembro de 2024, o candidato do PSOL, Guilherme Boulos, foi o único que dedicou mais da metade da sua agenda de campanha a bairros periféricos.
Guilherme Boulos (PSOL): 72%
Tabata Amaral (PSB): 41%
Ricardo Nunes (MDB): 29%
José Luiz Datena (PSDB): 18%
Pablo Marçal (PRTB): 7%
Para especialista é importante que as campanhas façam agendas na periferia pela dimensão da população.
“A maioria da população brasileira mora em cidades e a maioria da população das cidades mora em condições periféricas, então morar em periferia urbana é a condição mais comum do Brasil, do país, em termos demográficos”, diz Tiaraju Pablo D’Andrea, professor da Unifesp e da USP e coordenador do Centro de Estudos Periféricos.
“Periferia são bairros das grandes metrópoles que se encontram distantes do Centro e que têm precariedades. […] A cidade de São Paulo tem um vasto território que é um território periférico que abarca um anel ao redor dos subúrbios e ao redor do Centro de São Paulo, que abarca aproximadamente 55% da população da cidade.”, diz o professor.
Para Tiaraju, a candidatura de Boulos está mais presente nas periferias porque historicamente o PT, partido que compõem a aliança do candidato, sempre esteve nessas regiões. O candidato também não tem figurado como o principal candidato entre os pobres.
“Eu acho que a candidatura do Guilherme Boulos está mais presente nas periferias porque as periferias sempre foram os locais onde o PT teve mais votação. Quanto mais longe do centro, mais votos o PT tem, historicamente foi assim.”
O professor comenta ainda a presença de Ricardo Nunes (MDB) nas periferias com medidas emergenciais, no último ano de mandato, que impactaram entre as camadas que ganham menos e dependem de políticas públicas sociais, como o Bolsa Família:
“E acho também que é importante salientar que, de todas as pessoas que moram nas periferias, dos vários níveis de renda, tem um nível de renda que é de 0 a 2 salários mínimos, que essa população sempre foi muito pragmática no voto, ela vota em quem ajuda mais. Então, nas últimas eleições, votaram no Lula, mas na eleição atual, esse voto está tendendo para o Ricardo Nunes. O Boulos sabe que ele precisa desse voto de 0 a 2 salários mínimos, então ele percorre muito essas regiões para ver se ele consegue também reverter esse voto de uma população mais empobrecida, inclusive que se beneficia do Bolsa Família.”, diz o pesquisador.
Subúrbio
Tiaraju destaca que os limites entre o subúrbio e as periferias são as regiões que mais existem mudança de voto, de ano para ano: quando a sociedade está mais à direita, esses territórios votam mais à direita. Quando a sociedade está mais à esquerda, esses territórios estão mais à esquerda.
“Os territórios suburbanos, mais perto do Centro eles têm uma tendência de voto mais conservador, como por exemplo bairros como a Mooca, que é o bairro de São Paulo que o Bolsonaro teve mais votos, ou bairros como Santo Amaro, Vila Maria, porque ali você tem uma presença maior de uma população mais velha de uma população mais conservadora e que tem uma tendência de voto à direita”, diz Tiaraju.
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